30.11.15

Semana de Educação para a Vida = Show

A Semana de Educação para a vida teve início hoje e começou muito bem!

No turno da tarde, os alunos do 7º ano, turma 8, deram um show de conteúdo e de criatividade. Coordenados por mim e pela professora de Geografia, Catarina, os estudantes transformaram a sala de aula num espaço artístico e cultural abordando os temas: Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's) e Gravidez na adolescência.

As demais turmas da escola (6º, 7º e 8º anos) foram convidadas para visitarem a sala, seguindo por um caminho cheio de pegadas, as quais continham palavras indicando o que eles encontrariam na sala 8: informação, saúde, alegria, prevenção e conhecimento.

Na sala de aula, as paredes foram decoradas por cartazes confeccionados coletivamente, contendo colagens, desenhos, pinturas e muitas mensagens de conscientização. Além da mostra de trabalhos artísticos, um grupo de alunos ficou responsável por uma palestra sobre o assunto.
Os alunos apresentaram estatísticas sobre as DST's e dicas para prevenir as doenças e evitar uma gravidez indesejada.


Depois da palestra, os visitantes eram conduzidos para o Quiz e tinham a oportunidade de testar o conhecimento adquirido respondendo às perguntas. Em caso de acerto, recebiam um prêmio, um pirulito e uma mensagem da turma 8.

O dia foi muito divertido e bastante produtivo.

Parabéns para todos!

Confiram as fotos:


O caminho da sabedoria.




Muita arte para embelezar a vida!


Conscientização e prevenção.


Um doce para quem acertar a pergunta.





Show!

28.11.15

A aventura que confirmou a esfericidade da Terra

As grandes navegações europeias, iniciadas no século XV, promoveram a ampliação do conhecimento geográfico sobre o Mundo.

Antes das expedições marítimas, os europeus acreditavam que o oceano era o limite da Terra e além dele estava um abismo que tragava os marinheiros que ousassem se aventurar pelo mar.

Em 1519, o navegador português Fernão de Magalhães (1480-1521), a serviço da coroa espanhola, liderou uma frota com cinco embarcações e 240 homens com o objetivo de chegar ao Oriente. Ele navegou pelo Oeste,  afim de explorar o mundo e se apossar de novas terras e levar especiarias para a Espanha.


Francisco de Magalhães.
Magalhães cruzou o Atlântico e, no extremo sul da América, encontrou uma passagem para o Oceano Pacífico - denominada de Estreito de Magalhães.

Ao longo da viagem, Magalhães enfrentou índios, tempestades e até a revolta de seus comandados, os quais, desesperados com as incertezas e o medo do desconhecido, queriam matar o capitão-geral.

Antonio de Pigafetta viajou na frota e relatou outra dificuldade enfrentada - a fome. Segundo ele, os viajantes só comiam "...velhos biscoitos transformados em poeira e cheios de vermes, fedendo a urina de rato"
Devido à escassez de alimentos, a tripulação ficava fraca e vulnerável às doenças, como o escorbuto, a qual dizimava os marujos. 

Magalhães morreu em 1521, depois de desembarcar nas Filipinas, onde enfrentou os nativos, e acabou sendo atingido por uma lança envenenada que o levou à morte.


Victoria foi o único navio que restou da frota de Magalhães. Dois naufragaram, um perdido e outro foi incendiado.

Em 1522, a viagem chegara após retornar à Europa, porém apenas um navio e 18 sobreviventes voltaram para casa. Ela ficou conhecida como viagem de circunavegação, pois o navio Victoria que chegou a Sevilha, além de trazer muitas especiarias, comprovou a esfericidade da Terra.

O escritor austríaco Stefan Zweig (1881-1942), publicou em 1938, a obra Fernão de Magalhães: o homem e sua façanha, na qual registra, com riqueza de detalhes, as aventuras e desventuras do navegador português.




Zweig, com talento raro, coloca o leitor dentro da caravela de Magalhães, conduzindo-o por uma viagem fascinante em busca de especiarias e de glória. 

Stefan Zweig deixou a Áustria por conta do nazismo. Viveu em Petrópolis (RJ) de 1941 a 1942, quando cometeu suicídio junto com sua esposa, Lotte.



Por tudo isso, a leitura é instigante e prende a atenção do leitor até a última página. Vale a pena conferir. 


Leia trechos do livro no Google Livros.


Leia mais sobre a viagem de circunavegação clicando aqui.

26.11.15

CineHistória: Mauá – o imperador e o rei



Mauá – o imperador e o rei - é uma produção cinematográfica brasileira, lançada em 1999.



O filme procura recriar o contexto histórico brasileiro do século XIX, sob o regime imperial. A sociedade daquela época era marcada pela exploração do trabalho escravo africano e a economia era baseada na agricultura destinada à exportação. 
Esse perído é marcado por embates, quando as ideias progressistas e liberais, vinculadas a burguesia entravam em conflito com as práticas conservadoras da elite aristocrática. 

A história acompanha a trajetória atribulada de Irineu Evangelista de Souza (1813 – 1889), desde sua infância como caixeiro até sua vida adulta, quando se tornou o maior empresário do Brasil Império. 


A ascensão social e econômica rendeu a Irineu muita influência política e títulos de nobreza, como o de visconde de Mauá, em 1874.
Como empresário Irineu investiu em transporte, comunicação, iluminação e atividades bancárias. Defendia o fim da escravidão, a propriedade privada, a livre concorrência e a industrialização, contrapondo-se às ideias dos atifundiários, os quais valorizavam a posse de grandes extensões de terras para cultivar gêneros para exportação e a manutenção do trabalho escravo.

Os projetos do visconde de Mauá que visavam modernizar a economia brasileira, em diversas vezes, esbarraram ora na burocracia estatal, ora no conservadorismo das elites, revelando as várias contradições inerentes a uma economia escravocrata.

 Algumas de suas realizações:

  • Fundação da Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas (1852).
  • Fundação da Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro (1854).
  • Empreendeu a construção da primeira ferrovia brasileira. Construída no Estado do Rio de Janeiro ganhou o nome de Estrada de Ferro Mauá (1854).

Assista ao filme: 

25.11.15

Racismo virtual, as consequências são reais

A mídia pode mudar a cultura das pessoas? A permanência de práticas racistas e discriminatórias num país multicultural e, historicamente, marcado pela influência de vários povos, pode ser combatida por campanhas midiáticas?

Minha resposta para as duas perguntas é sim.

Na disciplina de Cultura e uso de mídias, no Ensino Médio PROEMI, estudamos a influência que a mídia exerce sobre as pessoas. Essa influência pode ser percebida nas atitudes e impulsos que levam um indivíduo a comprar certos produtos, se vestir com a roupa da moda ou adotar o corte de cabelo semelhante ao galã da TV. Enfim, a mídia pode modelar a cultura, por isso acreditamos que ela possui, e pode usar, seu potencial pedagógico para ajudar a sociedade a acabar com o racismo.

É nisso que a campanha "Racismo virtual, as consequências são reais", da ONG Criola, aposta, divulgando, em várias cidades brasileiras, outdoors com mensagens de manifestações racistas postadas nas redes sociais.


Outdoors com mensagens virtuais são instalados nos locais de origem da ofensa.


A ideia é demonstrar que a ofensa racial, mesmo aquela publicada na internet, terá consequências para o seu autor, pois ela afeta e machuca as pessoas no mundo real. 

Assista ao vídeo:

19.11.15

Independência ou morte?

Em 07 de setembro de 1822, D. Pedro proferiu o brado da independência, às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo.

O grito do Ipiranga. Pedro Américo, 1888. Acervo do Museu Paulista.

A partir daquele momento histórico, o Brasil cortou sua relação de submissão em relação a Portugal.
Parece simples, porém a independência não ocorreu de uma hora para outra, ela foi o resultado de um longo processo histórico, político e social. Vejamos seus antecedentes.

Antecedentes:
  • A família real portuguesa transferiu-se para o Brasil em 1808, fugindo do exército de Napoleão Bonaparte;
Embarque da família real portuguesa (1808).

  • Nesse mesmo ano, o príncipe regente - D. João (1767-1826) - decreta a abertura dos portos brasileiros às nações amigas de Portugal, beneficiando a Inglaterra;
  • Em 1815, eleva o Brasil a condição de Reino Unido a Portugal e Algarves;
  • Em 1821, D. João VI retorna a Portugal e as Cortes portuguesas pretendiam recolonizar o Brasil;
  • D. Pedro (1798-1834), filho de D. João VI, permanece no Brasil, como príncipe regente;

  • As Cortes exigem o regresso de D. Pedro a Portugal;
  • O Partido Brasileiro entrega ao príncipe um documento pedindo a ele que fique no Brasil. No dia 09/01/18222, D. Pedro decide ficar - Dia do Fico;
  • Posteriormente, D. Pedro estabeleceu que as ordens vindas das Cortes só seriam cumpridas mediante sua autorização ("Cumpra-se");
  • Sob ameaça das Cortes, D. Pedro, apoiado pela elite brasileira que não desejava voltar ao status de colônia, proclamou a independência no dia 07 de setembro de 1822, selando o rompimento de Brasil com Portugal.
Após a independência, ficou decidido, sob influência de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), o "patriarca da independência", que o regime de governo para o Brasil seria uma Monarquia Constitucional, diferente dos países vizinhos, os quais optaram pelo regime republicano. 

Coroação de D. Pedro I. Jean-Baptiste Debret, 1826. Acervo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo

D. Pedro foi coroado imperador do Brasil, mas enfrentou resistência em algumas províncias, como na Bahia, Maranhão e Cisplatina, onde tropas portuguesas se mantinham leais a Portugal. Com o apoio de militares ingleses e franceses, além das milícias formadas pelos brasileiros, o imperador organizou um exército e conseguiu expulsar as tropas portuguesas do Brasil em 1824, conservando a unidade do império.

O primeiro país a reconhecer a independência brasileira foram os EUA, em 1824. Portugal só reconheceu a separação em 1825, depois de receber um pagamento em dinheiro como indenização.

Quem fez a independência brasileira?

Somos independentes, mas somos livres?


Devemos comemorar a independência?




17.11.15

Abastecimento de água em Carmo (RJ): um problema histórico

Nos dias atuais, o Brasil está vivendo uma acentuada crise hídrica. A escassez de chuvas e o mau uso dos recursos hídricos está colocando em xeque a disponibilidade de água para as pessoas.


Reservatório Cantareira (SP).

Aqui no Carmo (RJ) não é diferente, as autoridades municipais já alertaram a todos de que, se a chuva não vier, teremos racionamento de água, o que acarretará inúmeros transtornos para a sociedade.

A questão hídrica em nosso município não é coisa recente, desde o final do século XIX Carmo sofria devido à inadequação do abastecimento de água, o "fluido vital por excellencia..." (p. 132).

Analisando o Almanach do Carmense (1888) do periódico Carmense, fundado e editado por Domingos Mendes da Piedade em 1887, o qual circulava na Villa do Carmo, encontramos algumas referências sobre a questão da água na localidade.




Na página 83 do referido documento, destacamos o seguinte:

"Existe na Villa do Carmo um encannamento de agua e um chafariz com quatro torneiras, na Praça da Matriz, cujo encannamento não é sufficiente hoje para a população e tem alem d'isso seus materiaes estragados". (p. 83).

Naquela época, conforme revela a publicação, viviam na vila 10564 pessoas (p. 80). O trecho acima nos permite imaginar as dificuldades que todos enfrentavam para conseguir água com apenas um chafariz e quatro torneiras. 

Mais adiante, o Almanach denuncia a precariedade em que se encontrava a tubulação responsável pela captação da água.

"... encannamento, já muito deteriorado, por sua pouca profundidade no seio da terra, unico elemento que mal o resguarda contra os instrumentos aratorios, e tambem do vandalismo..." (p. 131). 

Note que o cano ficava enterrado numa pequena profundidade que lhe deixava exposto às ferramentas de arar a terra (enxadas e arados de ferro), tendo em vista que ele deveria cruzar propriedades e campos agrícolas, e também estava sujeito à ação dos vândalos.

Como consequência dessa instalação imprópria, o encanamento vivia danificado e resultava em "falta d'agua, que faz o martyrio dos povos." (p. 131). A falta de água prejudicava o desenvolvimento econômico e social e, distribuída sem qualidade por conta dos canos danificados, afetava a saúde das pessoas, provocando surtos de doenças e, certamente, queda da produtividade no trabalho.

A publicação exalta, com alívio, que a situação melhoraria quando o projeto de um novo aqueduto se concretizasse e mais torneiras fossem instaladas em vários pontos da vila. A obra prometia "a accumulação de mais algumas fontes do elevado manancial, ..." (p. 131) disponível nas terras carmenses.
Perceba que o problema não era a falta de água em si, mas sim de captação e de investimentos públicos necessários para solucionarem a limitação da distribuição do precioso líquido.

O editor prossegue, e sustenta que a instalação de novos equipamentos para captar e distribuir água na Vila "vae collocar a povoação superior aos lugares mais recommendados da Provincia" (p. 133) do Rio de Janeiro, afinal todos teriam mais qualidade de vida, saúde e disposição para o trabalho.


A edição de 1891 do Almanach destaca a localização da nascente d'água que abastece a cidade, a qual estava situada a 130 metros acima dos bambus da fazenda da Conceição, e também do reservatório municipal, instalado a 40 metros acima da praça da matriz (p. 157-158).   

Considerando o exposto, a exemplo do que ocorreu no passado, quando nossos predecessores enfrentaram dificuldades de abastecimento, hoje, em meio a uma crise ambiental, devemos nos preparar para enfrentar a escassez de água e nos conscientizarmos de que o recurso não é inesgotável, por isso precisa ser utilizado racionalmente.

O uso racional da água passa por uma série de mudanças de atitudes, tais como o fim do desperdício, melhor planejamento das políticas públicas para o setor e redução da agressão ambiental, pois o rápido crescimento populacional e a urbanização poluem os rios e mananciais, comprometendo o acesso à água e, consequentemente, o futuro da vida.



Fontes primárias consultadas

Almack do Carmense, ano de 1888 e de 1891.

Disponível on-line em: http://bndigital.bn.br/hemeroteca-digital/

Resultado final da Certificação de Dirigentes escolares

O Instituto Avaliar divulgou hoje a relação dos candidatos aprovados no exame de Certificação de Diretor de Escola Estadual - SEE-MG / 2015.

Confira no link clicando sobre a imagem:



O resultado dos recursos também foram publicados e a questão 58 foi anulada.

14.11.15

CineHistória: 1492 - a conquista do paraíso

Complementando os estudos da Expansão Marítima europeia, iniciada no século XV, exibimos para os alunos do 1º ano do CIEP 280 o filme 1492: a conquista do paraíso.



O filme foi lançado em 1992, na ocasião o Mundo celebrava 500 anos da chegada dos europeus ao continente americano.


Cristovão Colombo protagonizou a primeira grande viagem marítima, em nome da coroa espanhola, e seu feito possibilitou à Espanha ocupar, posteriormente, parte do continente, explorá-lo e dizimar milhões de índios pela guerra, escravidão e doenças que chegavam junto com os argonautas.

Depois do filme, a aluna Maria Gabriele Ximenes, da turma 1003, redigiu o seu relatório, que será postado a seguir.



Relatório sobre o filme 1492 - a conquista do paraíso


Assistimos hoje, na aula de história, um filme que relata o conteúdo que estudamos no 3° bimestre, 1492: A conquista do paraíso. 

O longa metragem narra a trahetória de Critovão Colombo e as expedições marítimas que ele realizou, em nome da Espanha, ao continente americano. 

O filme começa com uma cena interessante, na qual Colombo explica a um de seus filhos que a Terra era redonda, comparando-a com uma laranja, Naquela época, essa ideia não era aceita pela igreja Católica. 

Nas cenas seguintes, que mostram a primeira viagem de Colombo em busca do caminho para a Índia, é interessante observar o uso de novas tecnologias, como sextante que permitia ao marinheiro se orientar no mar tomando uma estrela como referência. 

Outro aspecto que me interessou bastante foi como os Europeus foram recebidos pelos primeiros habitantes das terras "descobertas" por Colombo. Inicialmente, a relação entre os índios e os europeus foi bastante amistosa e cordial.

Choque de culturas: europeus em contato com os nativos.

O que mais me entristeceu foi a guerra de ambos os povos, o que provocou a morte de muitas pessoas. 
Porém, se não fosse por Cristovão Colombo, talvez não estivéssemos aqui hoje e a História seria bem diferente.





Maria Gabriele Ximenes
Aluna da 1003







Parabéns, Maria Gabriele, seu trabalho ficou excelente!

12.11.15

CineHistória: Celular: um grito de socorro

Na disciplina de Cultura e uso de Mídias começamos a estudar, junto com os alunos do 2º ano do Ensino Médio (PROEMI), a relevância que os telefones celulares assumiram na sociedade e na vida das pessoas.



Os aparelhos estão cada vez mais avançados como, por exemplo, os smartphones, cujos recursos tecnológicos permitem aos usuários navegarem pela internet, fazerem vídeos e fotografias, além das chamadas convencionais. Por isso, eles ocupam cada vez mais o tempo das pessoas.

Um filme que ilustra bastante a dependência dos indivíduos em relação aos celulares é uma produção norte-americana de 2004 - Celular - um grito de socorro (Assista ao trailer abaixo).



Na trama, uma família sequestrada por contraventores vê numa ligação para o celular de um estranho sua única esperança de sobreviver. 

No elenco do filme estão Chris Evans, Jason Statham e outros astros hollywoodianos. Diversão garantida e uma oportunidade para refletir e debater sobre os benefícios e malefícios que o celular traz para a sociedade.

As atividades abaixo nortearam o debate:


11.11.15

Dois argumentos contra os defensores da manutenção de baixos salários para a Educação

Qual educador/professor nunca escutou numa reunião de escola o seguinte: "Quem entrou pra Educação já sabia que o salário era baixo" ou "Temos que trabalhar por amor, independente do salário".

Pois é, infelizmente, eu já ouvi isso várias vezes e asseguro que é algo desagradável para se escutar.

Segundo os defensores dessas afirmações, os professores têm que aturar as péssimas condições de trabalho e os baixos salários goela abaixo, sem lutar e sem reivindicar seus direitos. Para eles, lutar por salários melhores e decentes é algo vergonhoso e que contradiz a ideia de trabalhar por amor. Amor pela profissão e salário digno, de acordo com aquele ponto de vista equivocado, seria uma combinação desnecessária. Que absurdo. 

Imagine se aquelas falas se concretizassem? Não haveria melhora  alguma da situação do magistério e nenhum tipo de valorização de carreira para os trabalhadores da Educação. Ainda bem que são poucos que defendem isso, pois a maioria está insatisfeita com o que recebe, e com toda a razão! 

Onde está a cidadania em aceitar calado uma situação absurda, como a dos governos não remunerarem dignamente o Professor? 

Pois bem, todos sabiam que o Magistério não é a melhor profissão para se ganhar dinheiro, contudo, é direito do trabalhador lutar por uma justa compensação financeira pelo seu relevante trabalho.
Duvida disso?

(Argumento 1) Está na Lei, a Constituição Federal de 1988 determina:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;


A lei é clara, o profissional tem direito a um piso salarial variável, segundo a complexidade de seu trabalho. Os professores também contam com a Lei 11.738/2008, que estabeleceu o Piso do Magistério, cuja finalidade é valorizar os educadores, contudo, poucos estados e municípios brasileiros a cumprem integralmente.

(Argumento 2) Apesar da leis assegurarem o direito a remuneração adequada para a categoria dos Educadores, sabemos que os professores, que possuem formação em nível superior, recebem, em média, 57,3% a menos do que os demais profissionais com nível superior (http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/17-valorizacao-professor)

E o salário, ó!

Para tentar reverter essa situação, denunciada ao longo de anos pelos professores em inúmeros movimentos de greve e de lutas, foi inserido no Plano Nacional de Educação a meta 17, a qual tem como principal objetivo equiparar o salário médio do professor, até 2024, aos dos demais profissionais com nível superior (Leia mais sobre o PNE clicando aqui).  Essa meta estipula a necessidade de valorização do professor. Ela rechaça o fraco argumento de que professor deve trabalhar "apenas por vocação". Se a categoria fosse valorizada a meta 17 não existiria, certo? O próprio governo reconhece que não remunera adequadamente os seus professores, então o que impede a categoria de se organizar e reivindicar o direito de receber um salário melhor? 

Por que um engenheiro, um médico, um advogado, um arquiteto, ou qualquer outro profissional com diploma de curso superior tem que ganhar mais do que um professor?

A lei faculta o direito dos professores de reivindicarem melhorias salariais, é uma luta justa e é legal. Então não há que se falar de "amor a profissão" para justificar a inércia e o conformismo com tamanha desigualdade.
Trabalhar com amor, sim, mas recebendo um salário justo!

Lute.