30.10.16

Corrupção: um mal social

É possível uma sociedade corrupta ter um governo ético? 

Um governo corrupto se sustentaria numa nação com comportamento ético?

O historiador e professor Leandro Karnal ajuda a elucidar a questão no vídeo abaixo:

21.10.16

Sanitarismo em Leopoldina (1895-1930): fontes e perspectivas para uma pesquisa histórica

Trabalho apresentado no 1º Seminário do Grupo de Pesquisa de História da Zona da Mata mineira, na UEMG-Carangola (MG), no dia 20/10/2016.



Projeto de pesquisa sobre os ecos do movimento sanitarista brasileiro, ocorrido nas primeiras décadas do século XX, na cidade de Leopoldina (MG).

17.10.16

O custo da Justiça no Brasil


Pagar R$ 2.000,00 para um professor é um sacrifício hercúleo para a administração pública. Não tem greve que faça os dirigentes cumprirem a lei e pagar direito o professor. Agora, quanto ao Estado (leia-se contribuintes) sustentar as mordomias do Judiciário e dos juízes isso não se discute. Pagamos caro demais para os juízes e quando precisamos da Justiça onde ela está? Escondida atrás de uma coluna gigante de papel. Os processos se arrastam por anos e anos sem resposta... Faltam servidores para o judiciário? Deve faltar, precisamos de pessoal que dê conta do trabalho, afinal o serviço da justiça é fundamental, mas nada que justifique o pagamento de fortunas para seus servidores.

Até quando continuaremos mantendo os privilégios dos membros do judiciário, do legislativo e das altas castas do Executivo? Há grupos que se servem do Estado e não servem para quase nada, são parasitas sugando os impostos que pagamos. 

Precisamos de uma reforma administrativa séria, não de uma PEC, como a malfadada 241, que, na prática, pode diminuir recursos para áreas essenciais como Saúde e Educação.


Leia mais sobre grupos parasitários que se dão bem fazendo carreira no setor público clicando aqui.

15.10.16

Profissão Professor

Professores tem o poder de marcar nossas vidas. Cada um de nós tem que aquele professor inesquecível. Eles nos ensinam, orientam, nos dão bronca e compartilham conosco seus sonhos e visão de mundo.

Professores são tão marcantes que as produções de cinema e de televisão não deixaram de abordar a importância dos mestres para a sociedade.

Em homenagem ao dia do professor, o Acrópole relembra vários educadores que protagonizaram filmes, novelas, seriados e até desenho animado e nos emocionaram com suas atuações.

E então, dos que foram exibidos pela TV qual marcou mais a sua vida?

8.10.16

Brasil: uma causa perdida?

Quando Monteiro Lobato (1882-1948) mudou-se para os EUA, em 1927, para trabalhar como adido comercial junto à embaixada brasileira em Nova Iorque, encantou-se pela dinâmica social e econômica da América.
Ao observar o elevado grau de desenvolvimento alcançado pelos norte-americanos, comparou-o com o do Brasil, que naquela época vivia de cócoras, mergulhado em práticas políticas arcaicas, como o coronelismo, e  a economia nacional se resumia a exportação de gêneros agrícolas e a uma incipiente e pouco competitiva produção industrial. Em carta enviada por Lobato ao amigo Arthur Neiva, médico sanitarista, dizia que o Brasil não tinha jeito, era "um caso perdido que já supunha aí."

Apesar de achar que o Brasil era uma causa perdida, por conta das mazelas nacionais - falta de riquezas, infraestrutura deficiente, políticos incapazes e as doenças que impediam o povo de prosperar - Lobato, posteriormente, passou a acreditar que o país poderia ser arrebatado de seu estado letárgico se houvesse investimento naquilo que ele chamou de "binômio salvador". Tratava-se do ferro e do petróleo, recursos que ajudavam a sustentar o crescimento econômico norte-americano na década de 1920.
O ferro servia para construir as máquinas para as indústrias, o petróleo era utilizado como o combustível para movê-las e aumentar a produção.

Com a produção industrial, haveria riqueza e ela solucionaria todos os problemas, traria saúde para o povo, estabilidade política, colocando fim nos protestos e conflitos que marcaram as primeiras décadas da república no Brasil e asseguraria a independência financeira do país frente às demais potências capitalistas.

Quando o criador da turma do Sítio do Picapau amarelo retornou para o Brasil em 1931, ele trouxe consigo o sonho de tornar o Brasil rico por meio do "binômio salvador", porém ele nunca se realizou, pelo menos não da maneira idealizada por ele. Na tentativa de emplacar suas ideias, Lobato encabeçou duas grandes campanhas, a do Ferro e depois a do Petróleo, utilizou amplamente a imprensa, publicou livros, fundou empresas, fez conferências por todo o Brasil para tentar convencer as pessoas e o governo sobre a viabilidade de suas ideias econômicas. Não teve sucesso, pagou caro por isso, faliu, viu seus sonhos ruírem e até foi preso por contrariar interesses de grupos econômicos estrangeiros poderosos e afrontar a política do governo Varguista na exploração petrolífera. 


Lobato perseguido e preso pela ditadura Varguista.

Em tempos atuais, no século XXI, o Brasil ocupa os primeiros lugares na produção de ferro e está na lista dos 20 maiores produtores mundiais de petróleo, apesar do crescimento econômico, o país ainda não atingiu patamares de desenvolvimento e progresso a ponto de erradicar a miséria do povo, reduzir as desigualdades e promover a cidadania e a estabilidade política e social. E por que ainda não conseguiu fazer isso? Pois as velhas práticas políticas permanecem intocadas, porém travestidas de modernidade, readaptadas às exigências da nova conjuntura. 

É nossa política perniciosa que impede o desenvolvimento do povo, é ela que desvia caudalosos recursos públicos da saúde, da educação e da infraestrutura para os bolsos de grupos organizados parasitários, os quais sobrevivem às custas da manutenção da ignorância do povo. Por isso, sempre faltam investimentos nas áreas fundamentais, o que impede nossa nação de almejar a grandeza.

A permanecer assim, não há "binômino salvador" que dê jeito neste país! Ou mudamos o fazer político dessa república, ou continuaremos a sentir o sabor amargo da criminalidade, da injustiça, da impunidade, da proliferação da pobreza e da ineficiência de um governo que não se importa com o bem comum.

A grande pergunta é: Como fazer tal mudança? Quisera eu ter a resposta e uma receita pronta para solucionar esse enigma! A resposta para esse problema oferecida por Monteiro Lobato em sua época, que até aqui ajudou a nortear essa reflexão, mostrou-se insuficiente para colocar o Brasil e o seu povo nos trilhos. Não é nossa intenção esgotar um tema de tamanha complexidade, pelo contrário, entendemos que ele continua em aberto aguardando por aprimoramentos, ajustes e contribuições que tragam algum alento e esperança para todos os brasileiros.