6.7.16

Sobre a campanha "Cerol, não!"

A campanha Cerol, não! foi uma ideia que iniciamos aqui no Acrópole - História & Educação em 2012 (clique aqui para ver a postagem que inaugurou a campanha). De lá para cá trabalhamos com os alunos, tanto da escola do Carmo (RJ) quanto de Leopoldina (MG), o tema, pesquisamos as leis dos dois estados que proíbem o uso e a comercialização do cerol.

Depois apelamos para a conscientização dos estudantes, mostrando fotos de vítimas, realizamos um levantamento de notícias que eram publicadas na imprensa para provar o quanto o cerol é letal e uma brincadeira criminosa. 


Manchete noticiando acidente devido ao uso do cerol.

Em seguida realizamos um festival de pipas na escola, deixamos os estudantes exercitarem sua criatividade, fazendo pipas e decorando-as com mensagens contra o uso do cerol. 


Festival de pipas e frases na escola.


Divulgamos a campanha em toda escola em 2015, na época, contamos com o auxílio da especialista em educação, a artista Sônia Almeida.


Cartaz afixado no mural da escola.

Enfim, estamos fazendo a nossa parte, abordando o tema com nossos alunos, tentando também mobilizar a comunidade escolar e divulgando as ações nas redes sociais num esforço combinado para erradicarmos essa prática, que aumenta visivelmente no período das férias escolares.


Campanha de conscientização nas redes sociais.

E, neste ano, nossa iniciativa irá dar mais um sinal de enraizamento nas escolas e de amadurecimento frente à sua comunidade. De maneira ousada e consciente, levaremos esse debate para as Câmaras de vereadores, o poder legislativo, dos municípios onde atuamos. Essa medida importante, sem dúvida, trará benefícios e mais segurança para o povo se for devidamente implementada pelo poder público. Outros municípios já adotaram medidas semelhantes e estão tendo êxito. Chegou a vez de nossas cidades acordarem e agirem. Entregaremos aos vereadores sugestões simples e valiosas que possam ser transformadas em projetos de lei para ajudar a acabar de vez com o cerol.

Em 2016, o foco da campanha Cerol, não! será o comerciante, o dono do bar, da padaria ou da mercearia do bairro, aquelas pessoas que, infelizmente, ainda comercializam o cerol  ou a linha chilena e colocam, proposital ou inconscientemente, o lucro à frente do valor da vida. Se conseguirmos parar com as vendas do cerol, da linha chilena e similares, tirando-os das prateleiras, isso diminuirá bastante o seu uso pelas crianças e adolescentes e, consequentemente, evitará acidentes. 

Vamos debater o tema com nossos estudantes, ouvir ideias, anotar sugestões e retirar daí um documento consolidado para ser entregue ao representante do poder legislativo, que deverá tomar uma providência contra essa prática perniciosa, que teima em aparecer numa brincadeira tradicional e saudável que é a prática de empinar pipas.

Para começar, seguem abaixo seis sugestões do Acrópole - História & Educação, pois defendemos que é melhor prevenir do que remediar. Se essas medidas forem colocadas em prática, certamente evitarão catástrofes e contribuirão para acabar com o uso do cerol:

1. Criar um projeto de lei que determine a proibição da comercialização do cerol, linha chilena e similares em todos os estabelecimentos comerciais, fixando multa para quem descumprir a lei;
2. Afixar cartazes em repartições públicas e estabelecimentos comerciais com trechos dos textos legais que proíbem a venda e o uso do cerol (Lei estadual (MG) 14.349/2002 - Proíbe o uso do cerol e Legislação estadual (RJ): Lei Nº 2.111/1993Lei Nº 3.278/1999Lei Nº 3.673/2001 -  Proíbem a industrialização e a comercialização do produto denominado cerol e de vidro moído no âmbito do Estado do Rio de Janeiro).
3. Afixar cartazes em todos os órgãos públicos com imagens de vítimas de cerol, capturadas em sites da internet, para sensibilizar a população. 
4. Realizar, anualmente, uma campanha em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, de conscientização contra o Cerol, envolvendo todas as escolas públicas e privadas e suas respectivas comunidades.
5. Promover seminários, debates e palestras em parceria com Ministério Público, destinada a comerciantes, autoridades e a sociedade civil sobre a legislação que proíbe a venda do cerol.
6. Fiscalizar estabelecimentos comerciais nas comunidades verificando o cumprimento da lei.

E você, tem mais alguma ideia para enriquecer o nosso documento? Se desejar, comente, registre sua contribuição!  

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